Bem que não é meu e que aprendi a amar à distância, como podes iludir-te de que não há Amor em tuas palavras?!
Quase foste feliz na tentativa de mascarar teus anseios e, através dessa supressão, manter-se fiel a si mesmo. Entendo-te, querido. Afinal, não é a nossa Vida o tesouro maior que possuímos?
Deixe que eu te descubra. Tens medo de entregar-te a ela e, assim, acabares por me perder... Mas não, não é preciso temor nem tampouco fazer frente ao amor e todas as oscilações que ele traz em si.
Digo-te mais: o ser ridículo por não teres escrito a Carta de Amor que a havias prometido e aquele ''Eu te Amo'' dissimulado foram para mim explosões da mais pura inquietação dos amantes. Eu que apenas observo o movimento da cena, aqui da antessala. Eu que não a conheço, e somente bem pouco a ti, fiquei profundamente emocionada com o teu ''fracasso''.
Assim como não há para o Amor definição que o convenha, também para as Cartas de Amor não existem padrões a serem seguidos. E esta carta tão longe de chegar às minhas mãos e de ser minha, como eu bem gostaria, tem a essência mais pura de uma legítima Carta de Amor: a sincera emoção da doação.
E, aqui, findo por esclarecer-te de que o Amor, embora nos roube a Vida, abre-nos a porta do céu.
Adriana
(Texto escrito em 2005, como parte de um trabalho da faculdade. Na ocasião, estudávamos as cartas de amor da portuguesa Mariana Alcoforado.)
sábado, 15 de setembro de 2012
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Preciso de liberdade para SER
Preciso que você me deixe amá-lo.
Sufoco e aos poucos perco a força
Permita que o ame a meu modo
pois na tentativa vã de amar como te agrada
perco-me, morro, deixo de SER.
Deixe-me abraçá-lo e beijá-lo...
Não tenha medo que eu o sufoque
ou me torne dependente de você.
Sinto-me engaiolada e já não canto
Para amá-lo preciso estar inteira
Não consigo ser comedida, ir devagar...
Amor à conta-gotas não é para mim.
(...)
Preciso que você me deixe amá-lo.
Sufoco e aos poucos perco a força
Permita que o ame a meu modo
pois na tentativa vã de amar como te agrada
perco-me, morro, deixo de SER.
Deixe-me abraçá-lo e beijá-lo...
Não tenha medo que eu o sufoque
ou me torne dependente de você.
Sinto-me engaiolada e já não canto
Para amá-lo preciso estar inteira
Não consigo ser comedida, ir devagar...
Amor à conta-gotas não é para mim.
(...)
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